10 de ago. de 2008
Da sociedade burguesa a uma nova concepção de homem
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No fim da Idade Média surgia uma nova classe, a burguesia, que aspirava ao poder. Para isso, era necessário derrubar a nobreza e a igreja católica de seus tronos. Os pensadores dessa nova classe fizeram isso naturalizando o homem, isto é, tirando seu destino das mãos de Deus e dos nobres (que eram emissários de Deus) e colocando-o nas mãos da burguesia, que libertaria todos os homens da servidão. Esta nova concepção atingiu seu auge com os filósofos materialistas da Revolução Francesa, e a nova sociedade burguesa seria o meio de se atingir a felicidade, através do progresso da humanidade.
Quando o capitalismo mostrou-se incapaz de trazer o bem-estar e a felicidade prometidos, as concepções idealistas voltaram a ter sua vez e a filosofia burguesa, ao não conseguir explicar o que ocorria, tornou-se reacionária e presa das concepções religiosas anteriores, tendo no filósofo alemão Hegel sua máxima expressão.
Foi necessário um rompimento com os pensamentos precedentes, tanto dos materialistas franceses quanto dos novos filósofos idealistas, que voltavam a defender a existência de um “deus”, ou de uma idéia absoluta existente acima dos homens, para que uma nova concepção materialista do mundo e do homem surgisse. O pensador que deu este passo decisivo foi Karl Marx.
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