11 de set. de 2009

Manifestantes pedem liberdade para Battisti no julgamento do STF

Um grupo de manifestantes interrompeu nesta quarta-feira (9) o início do julgamento do pedido de extradição do ex-ativista político Cesare Battisti no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a liberdade do italiano. Quando o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, deu início à sessão, o grupo que estava sentado na tribuna do plenário abriu uma faixa com os dizeres “Libertemos Cesare. Libertemo-nos” e começou a dizer palavras de ordem contra o processo de extradição de Battisti. A segurança do STF agiu rapidamente, confiscando a faixa e retirando à força os manifestantes. Os manifestantes compararam a possível extradição de Battisti à entrega de Olga Benário ao governo nazista, nos anos 1930. Olga, ex-mulher do comunista Luis Carlos Prestes, foi assassinada pelos nazistas por ser judia. Outra placa afirmava que extraditar Battisti se compararia à modernização da Inquisição. "Não há por que o governo ceder a essa pressão de extraditar Battisti. Nós sabemos o caráter do governo italiano de hoje. Um governo que não prima pelos direitos humanos e está retroalimentando grupos fascistas", disse a jornalistas o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que acompanhava os manifestantes. Outro grupo de manifestantes se posicionou contra a extradição de Cesare Battisti do lado de fora do Supremo. Eles gritavam palavras de ordem e carregavam faixas afirmando que extraditar Battisti seria modernizar a Inquisição. O julgamento começou com o pronunciamento do relator do caso, ministro Cezar Peluso, após a leitura do relatório e as sustentações orais dos advogados das partes já feitas na tribuna. Battisti foi condenado à prisão perpétua pelo governo italiano pelo assassinato de quatro pessoas entre os anos de 1977 e 1979, quando militava no grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Ele está detido no presídio da Papuda, em Brasília, onde aguarda a decisão do STF.

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