22 de abr. de 2008

CIDADE MARAVILHOSA!!!

"O Rio de janeiro era uma cidade perigosa.Espreitando a vida dos cariocas estava todo tipo de doenças...a capital da jovem republica era uma vergonha para a nação.Desmentindo o apelido de soneca o presidente Rodrigues Alves decidiu agir rapido.Iria acabar com esse vexame e ao mesmo tempo embelezar a cidade nos seus quatro anos de governo(1902-1906)José Murilo de carvalho. Qualquer semelhança com o quadro atual(2008) não é mera conscidência.O mosquito Aedes aegypti, diz a mídia, causa as mortes por dengue no Rio de Janeiro. quem acreditam nisso?, Não é o mosquito quem mata, mas a política, a política da incompetência e da demagogia dos governantes nos três niveis de poder. Partindo-se da premissa de que, para a contenção de epidemias do dengue há necessidade de políticas entre ambiente e saúde, principalmente em relação aos resíduos sólidos, a alta densidade habitacional e urbanização não planejada, que propiciam tanto a rápida circulação do vírus e as condições necessárias à reprodução. A utilização de materiais descartáveis e a coleta inadequada do lixo compõem um cenário de facilidades para a reprodução , acrescidos de outros recipientes materiais não removíveis que acumulam água no interior e exterior às residências. Acresce as condições sócio-econômicas das populações expostas podem interferir no cuidado como saneamento doméstico e portanto ser um elemento de provável descontrole. Embora os riscos de contrair a doença sejam universais a teoria seqüencial relaciona a ocorrência de casos de dengue hemorrágico à reação imunológica dos indivíduos. Em relação ao vetor, os fatores de risco destacam-se a freqüência de alimentação e disponibilidade do hospedeiro, susceptibilidade à infecção e a abundância dos tipos de criadouros. Diversos Programas tem sido efetuados no Brasil desde o início do século para a diminuição do risco de transmissão de doenças transmitidas por mosquitos, tanto vetores urbanos como rurais. Das experiências com o controle da febre amarela urbana até a reintrodução da dengue no Brasil muitas questões e dificuldades foram observadas e no decorrer da década de 80 e 90 foram apontadas por Pignatti (1996). Embora a dengue hemorrágica seja uma epidemia anunciada pelos pesquisadores e incorporada no cotidiano urbano principalmente à época das chuvas - a sua existência enquanto concretude e não mais como possibilidade nos faz refletir sobre as práticas sanitárias. A Saúde Pública perdeu força de interferência para disciplinar o ambiente urbano em relação às condições sanitárias incluindo água, e esgoto, Os programas desenvolvidos para o controle de endemias e epidemias voltaram-se para ações pontuais e específicas que atuam principalmente no controle da doença , afastando as práticas de saúde pública enquanto prevenção , as ações específicas no ambiente urbano para a interrupção de transmissão de epidemias não são realizadas conjuntamente com o setor saúde e são secundárias em relação as propostas de conservação e preservação dos ambientes (Pignatti, 2000). Os avanços do gerenciamento das cidades e dos diversos problemas ambientais urbanos tem sido efetuados pelos governos municipais que passa as responsabilidade para o governo estadual que tambem se exime de qualquer competencia no jogo de empurra que nos bem conhecemos e com raras exceções incorporam elementos eficazes a estas póliticas publicas. As práticas específicas para o controle da dengue e o combate ao mosquito, embora tenham sido objeto de diversas estratégias para o seu enfrentamento, não tem conseguido êxito na atualidade haja vista a epidemias de dengue e dengue hemorrágica em diversos municípios brasileiros. O setor saúde se prepara para o atendimento de casos graves da doença estampando-se a incapacidade de conter a transmissão em época de epidemia. Embora haja uma comoção social em época de epidemias, nos outros períodos do ano, o silêncio em relação ao problema se faz presente. "A revolta deixou entre os participantes um forte sentimento de auto- estima,indispensavel para formar um cidadão.Um repórter de A tribuna ouviu de um negro acapoeirado frases que atestam esse sentimento. Chamando sintomaticamente o jornalista de cidadão, o negro afirmou a sublevação se fizera para:não disseram que o povo é carneiro.O importante- acrescentou- era mostrar ao governo que ele não põe o pé no pescoso do povo" (do texto abaixo a vacina!) É hora dos governos se resposabilizarem por suas incompetências e deixarem de culpar o povo. Joao Filho, professor da rede pública de São Paulo.

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