10 de ago. de 2008

identidade dos homens com coisas e a felicidade como uma qualidade inata do homem têm raízes bem antigas. Existem desde o momento em que o homem começou a pensar em sua própria existência, isto é, quando teve consciência de si e de sua espécie. O homem não conseguia compreender os fenômenos da natureza, que ameaçavam sua espécie, e os atribuiu a seres imaginários. Sua busca pelo conhecimento transformou-se na busca por tais seres, que teriam origem no próprio homem, mas se afastado dele num passado longínquo, causando um “estranhamento” entre o homem e sua própria essência. Assim surgiu a religião e a noção de perda de Deus pelo homem, simbolizada (no cristianismo) pela sua expulsão do paraíso. O homem, ao comer a maçã da sabedoria, quis equiparar-se a Deus, isto é, libertar-se dele. Seu castigo foi a vida real, na Terra. A partir daí deveria lutar pelo conhecimento partindo da ignorância, e não mais como dádiva divina, deveria “ganhar o pão com o suor de seu rosto”. Essa separação entre homem e Deus é chamada pela filosofia de alienação e seria a causa da infelicidade humana. O retorno a Deus significa a conquista da felicidade eterna, mas ela não pode ser conseguida nesse mundo. Na Terra, o homem está condenado à infelicidade do ser consciente

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