11 de abr. de 2009

O CONFLITO ISRAEL VERSUS HAMAS E OS ANTAGONISMOS ENTRE ÁRABES E JUDEUS

O ano de 2009 começou com um novo capítulo de uma velha história. A invasão da Faixa de Gaza pelo exército israelense é somente mais uma etapa da complexa e traumática relação entre árabes e judeus na região da Palestina. Para começar a entender os motivos de inúmeros conflitos deve-se recorrer pelo menos a três fatores: a disputa por territórios, a questão religiosa e (por se tratar de uma região geograficamente difícil para a ocupação humana) o controle dos ínfimos recursos naturais. É importante ressaltar que não se devem aferir os motivos dessas duradouras animosidades somente a partir das relações dos dois povos envolvidos: a região da Palestina foi, desde os primórdios da civilização, alvo da cobiça de inúmeros povos alhures. A moderna divisão do território é fruto do arbítrio das grandes potências imperialistas européias e dos Estados Unidos. Ou seja, os limites estabelecidos não somente na Palestina, mas em todo o Oriente Médio, foram executados sem levar em conta as diferenças culturais ali existentes.
Questão religiosa Segundo o judaísmo a região de Canaã, da qual a Palestina atual fazia parte, é a “Terra Prometida” por Deus (Javé) ao povo escolhido: os judeus. “Um povo sem terra para uma terra sem povo”. “Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai da tua terra, e da tua parentada, e da casa de teu pai, e vem para terra que eu te mostrarei. E eu te farei pai de um grande povo (…)” [1] Assim Abraão[2] partiu de Harã, onde recebera o chamado divino, em busca da terra de Canaã. No século XIII a.C (após um período de escravidão no Egito) os judeus fundariam o Reino de Israel na antiga Canaã. Posteriormente foram expulsos da “Terra Prometida” por assírios, babilônios e romanos[3]. Por outro lado, de acordo com a tradição islâmica, a terra onde hoje é a Palestina seria, por direito, aos descendentes de Ismael (filho mais velho de Abraão): os árabes. Visto que caberia ao primogênito a herança (nesse caso a “Terra Prometida”) paterna. Portanto a posse da Palestina atual é considerada designo divino tanto para os muçulmanos quanto para os judeus. Entretanto recorrer à explicação religiosa como fator peremptório para a causa dos conflitos é uma visão simplista e fragmentária. Devem-se considerar também as questões “mundanas”, partindo de uma análise histórica dos fatos. Geopolítica: jogo de interesses das grandes potências e disputa por territórios Não cabe apresentar aqui todo o histórico das relações entre árabes e judeus ao longo dos séculos. O presente artigo se limita aos principais acontecimentos que ajudam a compreender a questão palestina. Como se sabe a premissa que a Palestina seria “um território sem povo para um povo sem território” é falaciosa. Antes da chegada dos judeus à região outros povos ali já haviam se estabelecido. Esse argumento foi utilizado para corroborar a “limpeza étnica” promovida pelos judeus na antiga Canaã e na atual Palestina[4]. Expulsos pelos romanos entre os anos de 70 e 135 d.c os judeus vagaram pela Europa nos séculos seguintes sendo vítimas de preconceito e perseguições[5]. Até que na segunda metade do século XIX surge a idéia da formação de um Estado Nacional Judaico na Palestina, conhecido como Movimento Sionista. A partir de então grandes fluxos migratórios de judeus seguem em direção à “Terra Prometida”, há séculos ocupada pelos árabes palestinos.[6] Na obra “O Estado Judeu” (Der Judenstaat) de 1896, Theodor Herzl, judeu austríaco, lançava as propostas “civilizatórias” do movimento sionista: Para a Europa construiríamos na região uma parte da muralha contra a Ásia, seríamos a sentinela avançada da civilização contra a barbárie. Permaneceríamos, como Estado neutro, em relação constante com toda Europa, que deveria garantir nossa existência. (HERZL apud. SALEM, 1982: 15). A Declaração Balfour, lançada pelo governo britânico em 1917, trazia a promessa da criação de um Estado Judeu na Palestina: “O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento de um Lar Nacional para o povo judeu na Palestina e empregará todos os seus esforços para facilitar a realização desse objetivo, estando claramente entendido que não se fará nada que possa acarretar prejuízos aos direitos civis e religiosos das comunidades não-judias da Palestina, bem como aos direitos e ao estatuto político que os judeus possam gozar em qualquer outro país”. Essa política caracterizou uma postura ambígua de Londres: procurava ao mesmo tempo atrair capitais judeus para financiar suas investidas na Primeira Guerra Mundial e o apoio árabe para expulsar os turco-otomanos que até então dominaram a região da Palestina. A ressalva britânica para que fossem respeitados os “direitos das comunidades não judias” era, certamente, muito questionável: como não entrar em choque com elas, ao se pretender criar um Lar Nacional de uma população estrangeira num território já povoado? Ora, a satisfação dos anseios sionistas (sem querer entrar no seu mérito) necessariamente haveria de se opor aos interesses dos habitantes árabes locais. E foi, evidentemente, o que ocorreu. Desde muito cedo, quase simultaneamente à chegada das primeiras levas de colonos judeus, começaram os primeiros atritos. (SALEM, 1982: 21) Após o domínio turco-otomano a Palestina passou a ser possessão da Grã Bretanha em 1918. Na segunda metade da década de 1930, quando os judeus já representavam cerca de trinta por cento da população na Palestina, teve início a primeira revolta árabe. Instalações e bases britânicas foram atacadas e judeus foram assassinados. Londres por sua vez reprimiu a rebelião e armou cerca de quatorze mil colonos judeus para defenderem suas posses. Quando a Grã Bretanha tentou controlar a imigração judaica para a Palestina, os judeus atacaram os britânicos. Em 1946, o quartel-general britânico foi dinamitado contabilizando noventa e um óbitos. O clima de comoção global após a revelação das atrocidades cometidas pelos nazistas ao povo judeu (Holocausto) ensejou a pressão internacional para a criação de um Estado Judaico onde os descendentes de Isaque[7] vivessem livres de perseguições. Incapazes de resolver os conflitos de interesses das comunidades árabes e judaicas na Palestina, os britânicos, assim como Pôncio Pilatos “lavaram as mãos”, e transferiram o problema para a ONU. Então em 1947 a recém fundada instituição internacional, sob o comando do presidente estadunidense Harry Truman, propõe a partilha da Palestina em dois estados: Israel (Estado Judaico) e Palestina (Estado Árabe).Jerusalém por sua importância histórica e religiosa para cristãos, muçulmanos e judeus adquiriu status de área internacionalizada. Segundo o sociólogo Antônio Machado “as reparações a um povo milenar, porém sem território, e que conseguiu, apesar de tudo, manter suas tradições intelectuais e culturais, foi um gesto de surpreendente grandeza no pós-guerra”.[8] Porém o outro lado da questão não foi consultado. Os palestinos, que nada tinham a ver com isso “pagariam a conta” das incontáveis mazelas sofridas pelos judeus na Europa. Os judeus eram um terço da população apenas e a ONU havia lhes prometido metade da Palestina. A maioria dos judeus chegara dois ou três anos antes e já tinha direito a metade do país. E, acima de tudo, alguns membros da ONU sabiam que estavam oferecendo um Estado judeu com muitos palestinos – quase o mesmo número de palestinos e judeus – o que era inaceitável para o movimento sionista. A tendência do movimento sionista à limpeza étnica já era conhecida de alguns no mundo árabe, e os palestinos foram contra a decisão da ONU. (PAPPE, 2008). Jamile Abdel Latif, membro da Federação Árabe Palestina, classifica como “esquizofrenia do ocidente” a criação de um Estado puramente judaico numa terra habitada majoritariamente por não-judeus. Em maio de 1948, antes da retirada completa das tropas internacionais, é proclamada a independência de Israel. Por outro lado, os países árabes declaravam guerra ao recém-criado Estado judeu. Israel amplia seu território para além das fronteiras promulgadas pela ONU. Porções do território destinadas ao estado palestino são anexadas pelo Egito (Faixa de Gaza) e Jordânia (Cisjordânia). Antes mesmo de sua existência, o Estado palestino era assim riscado do mapa. O que se viu então, ao longo dos últimos sessenta anos, foram intermináveis antagonismos entres árabes e judeus. No livro “A Limpeza Étnica da Palestina” o historiador judeu Ilan Pappe apresenta detalhadamente uma sistemática política de violência contra os árabes antes mesmo da oficialização do estado de Israel pelas Nações Unidas. “A idéia de eliminar a Palestina de sua população nativa, dos árabes, surgiu como um conceito claro nos anos 1930.” (PAPPE, 2008). Em 1967, no conflito conhecido como Guerra dos Seis Dias, Israel anexou os territórios palestinos ocupados pelos países árabes: Cisjordânia (incluindo a porção oriental da cidade de Jerusalém) e Faixa de Gaza. Além das Colinas de Golã (Síria) e da Península do Sinai (Egito).[9] Invasão à Gaza Na década de 1990 o reconhecimento por parte de Israel da necessidade da formação de um Estado Nacional para o povo palestino representou para as populações locais a possibilidade real de coexistência sem conflitos. O Acordo de Oslo, assinado em 1993, previa a instalação de um regime de autonomia limitada para os palestinos na maior parte da Faixa de Gaza e em algumas cidades da Cisjordânia Entretanto, o aperto de mãos entre o então Primeiro Ministro de Israel Ytzhak Rabin e o ex-líder da OLP Yasser Arafat (realizado na Casa Branca) [10] obteve mais efeitos midiáticos do que resultados concretos. Os últimos acordos internacionais (Oslo, 1993 e Camp David, 2000) entre líderes palestinos e israelenses não trouxeram a estabilidade necessária à região. Questões relacionadas ao cotidiano da população em geral como a política de assentamentos, o retorno de refugiados e o acesso à água foram negligenciadas. Israel intensificou a construção de assentamentos de colonos judeus em territórios destinados à implantação do Estado Palestino. Para Ilan Pappe (apud. Nasser) esses assentamentos foram posicionados para isolar as populações palestinas e inviabilizar qualquer possibilidade para a formação de um Estado Palestino.[11] Nesse contexto de incertezascresceram os radicalismos de ambos os lados, culminando com o domínio político do grupo Hamas em Gaza em 2006[12]. A Cisjordânia ficou sob a liderança do “moderado” Fatah. Nos primeiros dias de 2009, após ofensivas aéreas,[13] como retaliação ao lançamento de foguetes partindo de Gaza contra o sul de Israel, o exército israelense invade o território palestino.[14] Segundo Gilberto Sarfati, professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, a intervenção israelense é legítima, pois os mísseis lançados pelo Hamas têm como alvo áreas civis. “Apenas para se ter uma idéia, entre 28 de fevereiro e 3 de março passado [2008] foram lançados 207 mísseis contra território israelense”. (SARFATI, 2009). As autoridades de Israel declararam visar exclusivamente instalações do Hamas e tomar o máximo de precauções para poupar a população civil. Como justificativa para o grande número de mortos entre a população civil, Tel Aviv alega que o Hamas utiliza mulheres e crianças como escudos humanos. “O Hamas usa cinicamente a população civil como escudos humanos, estabelecendo fábricas de armamentos, bases de lançamento de foguetes (…) bem no meio de áreas densamente habitadas”. (SARFDATI, 2009) (…) Terroristas do Hamas disparam foguetes contra Israel cercados de mulheres e crianças, do meio de cidades super povoadas, torcendo para que um míssil israelense aniquile essas mulheres e crianças, cujos cadáveres, expostos quase como prêmios, são uma de suas maiores "vitórias" pois convencem alguns "humanistas" de plantão que os israelenses não são humanos.(MALBERGIER, 2009). “É preciso lembrar que o Hamas acaba dando abrigo para mais de quatro mil pessoas de outras organizações terroristas (…). A operação militar em Gaza tem como objetivo destruir essa infra-estrutura militar”. (SARFATI, 2009) Por outro lado, Khalid Amayreh classifica as ações israelenses em Gaza como “satânicas” e genocidas: (…) Gaza é arrasada e milhares dos seus habitantes são sacrificados em massa (…) líderes políticos e religiosos israelenses ultimamente têm falado com entusiasmo da necessidade de "apagar Gaza da face da terra" e "aniquilar tudo o que se move ali". (…) Isto não é de modo algum uma opinião minoritária em Israel. (AMAYRECH, 2009) Para Alan Nasser as ambições “colonialistas” de Israel são as reais motivações para a intervenção em Gaza: O que Israel teme não é o terrorismo e sim a independência palestina. Israel não permitirá que emerja um governo palestino soberano sobre a terra que pretende manter – e provavelmente expandir – como a sua própria. (…) [Ao contrário da Autoridade Palestina] O Hamas nunca será peão de Israel (…) deve ser erradicado. Esta é a principal razão para a atual guerra relâmpago contra Gaza. (NASSER, 2009) Gideon Rachman, colunista do Financial Times, parte da premissa de que é aceitável que nenhum Estado pode admitir ataques regulares como os que ocorreram ao sul de Israel. Entretanto à medida que cresce o número de vítimas civis do lado palestino os debates sobre o que é uma reação “proporcional” aos foguetes do Hamas soam autênticos. Nos oito anos anteriores à invasão de Gaza pelo exército de Israel quatro cidadãos israelenses morreram por foguetes lançados a partir do território palestino. Em contrapartida, mais de dois mil e novecentos palestinos foram mortos pelo exército de Israel e mais de quinhentos faleceram devido à ausência de recursos hospitalares, fruto do bloqueio imposto à Gaza por Israel.[15] Nos atuais estudos sobre relações internacionais é corrente a ideia de que os conflitos do final do século XX e início do século XXI apresentam certas peculiaridades. Ao contrário dos antigos embates entre estados nacionais, no mundo contemporâneo predominam conflitos entre organizações não-estatais e estados politicamente constituídos (Al Qaeda versus Estados Unidos, Hamas versus Israel, grupos separatistas chechenos que buscam a independência da Chechênia em relação à Rússia). “Com o progresso tecnológico e as armas de destruição em massa, alguns grupos obtiveram um poder sem precedentes”. (PEREIRA, 2006). A visão predominante no mundo ocidental parte do pressuposto de que os estados nacionais agem em legítima defesa contra grupos que utilizam meios ilícitos para atingir seus objetos. Ações estas qualificadas como “terroristas”. “A doutrina da moralidade do estado permite justificar a mobilização de todos os recursos, inclusive o uso da força, para sua defesa, por razões moralmente justas (…)” (WALZER, 1977 apud. NOGUEIRA, 2008: 54). Em um artigo cujo título é “Hamas, Israel, Gaza, e resistência violenta: a estrutura histórica e política da crise atual” Alan Nasser parte da clássica definição weberiana de Estado como instituição que monopoliza o uso legítimo da violência para demonstrar como a falta de uma organização estatal internacionalmente reconhecida impossibilita aos palestinos os meios “legais” para resistir às ofensivas do exército israelenses: O Estado pode legalmente empregar violência como meio de corrigir injustiças feitas aos seus cidadãos. (…) Um povo sem Estado está estruturalmente indefeso face à injustiça. Pois se a modernidade limita a resposta violenta à injustiça à intervenção do Estado, então a ausência de Estado obriga à passividade dos que dele não dispõem O fato de não terem Estado retira aos palestinos a única espécie de resistência apropriada aos instrumentos de opressão que enfrentam. (…) A condição de ausência de Estado dos palestinos determina que eles não podem “tomar o assunto nas suas próprias mãos”(NASSER, 2009) Se uma ação terrorista é aquela que usa da violência para fins políticos e não poupa a população civil, pode-se dizer que Israel é um “Estado Terrorista”. Em 18 de janeiro Hamas e Israel aceitam interromper as hostilidades. Todavia o frágil cessar fogo é constantemente desrespeitado por ambas as partes. A ofensiva israelense deixa um saldo de mil e trezentos mortos, milhares de casas destruídas e aproximadamente cinco mil e quinhentos feridos. Tamanha mazela, segundo boa parte dos analistas do conflito, contribuiu para desgastar a imagem de Israel fortalecendo o Hamas frente à população palestina e à opinião pública mundial. Até países pró-Israel condenaram a ação. (…) O quem mais condenam é civis terem sido alvo. (…) O Hamas continua no poder. Governos no mundo ficaram a favor da causa palestina contra Israel. [Muitos] já não chamam o Hamas de terroristas, mas de Hamas. Israel fortaleceu a causa palestina e o partido (EL JAMAL, apud. GOMIDE, 2009). Considerações Finais Existe uma solução que caminhe para a paz e a estabilidade na Palestina? Infelizmente em curto prazo a resposta parece ser negativa. Há muitos interesses políticos e econômicos alhures na região (principalmente se formos levar em conta o inexorável apoio dos Estados Unidos a Israel) [16]. Radicalismos de ambos os lados: quando um palestino é morto pelas tropas de Israel imediatamente o exército do Hamas ganha novos adeptos, sedentos por vingança. O povo palestino luta contra um poderoso exército financiado por milionários judeus de todo o planeta. A comunidade internacional fica mais no âmbito dos discursos que das ações. A ONU não adota providências concretas para impedir as atrocidades da força desproporcional utilizada pelos judeus contra os palestinos. Todavia podem-se levantar algumas possibilidades de desfecho para uma querela que se estende há pelo menos sessenta anos. É preciso uma decisão política e imparcial para a questão palestina. Os meios militares já se mostraram ineficientes. A criação do Estado Palestino (ou dois estados: na Cisjordânia e em Gaza) é consenso entre os analistas que se propõe a debater a questão. É o fulcro para o processo de paz na região. Tanto judeus quanto palestinos devem reconhecer o direito do outro à sua autodeterminação em um estado nacional. Israel deve aceitar as fronteiras estabelecidas em 1967 como referência para a criação do estado palestino, cessar a política contínua de assentamentos judeus em territórios palestinos. Indubitavelmente, à soberania palestina em relação à Gaza e Cisjordânia deve-se seguir o acesso aos recursos naturais existentes nessas regiões. Principalmente em relação à água, é lídimo o direito ao controle desse bem natural por parte dos palestinos. É inadmissível o processo de usurpação da água promovida pelo Estado Judeu em território palestino. Por volta de três milhões e oitocentos mil palestinos, expulsos de suas terras devido aos inúmeros conflitos que assolam a região desde 1948, vivem nos países árabes vizinhos. É imprescindível garantir políticas que proporcionem uma vida digna a essas pessoas. Muito se tem colocado ultimamente que o governo de Barack Obama poderá representar uma nova atitude dos Estados Unidos em relação ao mundo muçulmano e à questão palestina. Rompendo com a retórica de George W. Bush, o novo presidente americano afirma que pretende ouvir as reivindicações dos dois lados envolvidos no conflito palestino ao invés de “ditar regras” como aconteceu no passado. Por outro lado questões fundamentais ainda permanecem em aberto: o lobby da comunidade judaica ainda possui grande capacidade de influenciar a política externa de Washington. O acordo de cooperação militar EUA-Israel não será desfeito. Israel continuará como pináculo yankee no Oriente Médio. Embora seja grande a expectativa sobre o mandato de Obama, não se pode esperar do novo governo da Casa Branca uma solução messiânica que resolva imediatamente os problemas dos palestinos. A coexistência pacífica entre árabes e judeus passa por profundas mudanças (sociais, econômicas e políticas) que estão além das faculdades do novo presidente americano ou qualquer outro líder mundial

4 comentários:

[camille paixão] disse...

ei, moça.
parabéns pelo artigo.

mas não podemos negar que os EUA eh a capital do mundo, vide a proliferação da crise econômica.
cara, fotojornalística muito boa.

beijão=]

ROSE disse...

Olá, adorei teu blog, posts excelentes, assuntos muito bem escolhidos, parabéns.

ROSE disse...

OLÁ, TEM SELINHO PRA VOCE LÁ NO ROSE´S UP (rosesouzarosa3.blogspot.com), APARECE PRA PEGAR, ABRAÇOS.

ROSE disse...

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